HAVANA: A CAPITAL DE CUBA – POST GUIA

Havana, sempre chamada pelos cubanos de La Habana, realmente não é qualquer lugar: é “A” famosa Havana, capital da enigmática Cuba e, portanto, mundialmente conhecida.

Cuba é uma ilha, localizada no Mar do Caribe, e fica ali pertinho da Flórida, sul dos Estados Unidos. Daí o fato de as fugas de cubanos com botes como vimos por tanto tempo nos telejornais, por exemplo, destinarem-se aos Estados Unidos. Inversamente, daí também um dos motivos de Cuba ter sido a “colônia de férias” de americanos ricos antes da famosa Revolução.

O que impressiona em Cuba são os contrastes: o velho e o novo, o colorido e o envelhecido, a beleza e a pobreza.

É PRECISO SER SOCIALISTA?

Cuba não é um país para “fracos”, mas com certeza é um destino fabuloso para mochileiros e riquíssimo culturalmente. E não, não precisa ser favorável ao regime para entrar no país.

Mas antes de embarcar no avião, avise seus parentes que você estará incomunicável e que eles tenham fé em Deus quanto à sua integridade física: Cuba está longe de ter wi-fi em lugares públicos, são pouquíssimas as opções de acesso a internet e quando tem, são caras e ineficientes.

Se você acha que tem condições de lidar com isso…. encare! Certamente você voltará com fotos fantásticas e muitas histórias para contar, afinal, Cuba faz parte do imaginário mundial.

História:

Cuba, uma viagem cultural – As verdades e as lendas

Informações importantes para o mochileiro:

Como conseguir o visto?

Como chegar?

Hospedagem

Onde comer?

Circulando em Havana

Principais atrações

O Relato – por Carla Olinger

É muita coisa interessante que você vê por lá, por isso é que só é possível dar uma pincelada em alguns causos.

Chegamos à cidade de Havana quase meia noite e, logo após sair do aeroporto José Marti, já vimos uma cena emblemática: estava chovendo e, quando o táxi parou num sinal, um cubano num daqueles famosos carros antigos abre a porta, desce e move o limpador de pára-brisa COM AS MÃOS para fazê-lo funcionar!? Sério e triste, mas isso é Cuba. Eles realmente enfrentam dificuldades em seu dia-a-dia e vão dando seu jeitinho.

Já no dia seguinte quando enfim saímos para explorar a cidade ficamos ensandecidos tirando fotos de TODOS os carros antigos e coloridos que cruzávamos nas ruas. É simplesmente irresistível! Você acredita que se não tirar aquela foto nunca mais terá oportunidade, já que o carro é colorido, o sol está brilhando e há um decrépito prédio antigo servindo de fundo para a foto.

Claro que o deslumbramento passa e no fim da viagem você nem liga mais para os carros antigos, já que muitos deles também funcionam como taxi e NÃO são lá muito confortáveis.

Aí você está lá caminhando com sua máquina fotográfica na mão e cubanos começam a tentar de abordar todo o tempo, seja para pedir alguma coisa ou tentar te vender alguma coisa.

É lamentável, mas depois de algumas horas você deve começar a fingir que não ouve, porque se você falar “não, obrigada” eles vão te seguindo e insistindo: é um assédio absurdo. Não pense “Ah, coitadinhos! Eles só querem o resto do meu sabonete!”. Na verdade eles querem tudo e qualquer coisa que você estiver disposto a dar ou pagar. Vão pedir sabonete, leite para as crianças, dizer que só querem conversar e perguntar de onde você para disparar: “Brasil. Rio. Pelé. Futebol. Carnaval”. Qualquer coisa que permita um “aprouche” inicial.

Se você quiser realmente interagir com o povo, deixe para conversar com as pessoas da casa em que você está hospedado, o porteiro, os vizinhos, enfim, os cubanos com que você acaba tendo contato de forma natural, pois as pessoas que te param na rua em regra querem seu dinheiro. Se tem dúvidas, achará facilmente na internet inúmeros relatos de golpes.

Por 25 CUCs você consegue fazer o tour de 1h num dos carros antigos. Eu pretendia conhecer um pouco a cidade para somente depois sair para um passeio desse, mas um dos carinhas que fica oferecendo esse tipo de passeio me convenceu após conseguir um carro bonito da cor que eu queria. Sérioooooooo! Lá estava eu dizendo que queria um carro vermelho, mas os que haviam ali eu achava feio, de repente ele dá um jeito e bem… lá vamos nós!

Para quem não assistiu o filme “7 Dias em Havana”, lá tem uma cena de uma moça que fica posando de tudo que é jeito num desses carros antigos até que o motorista acelera e o namorado-fotógrafo tem que sair correndo atrás do carro. São cenas comuns em Cuba.

E, como eu não sou diferente, lá estava toda faceira fazendo mil poses no carro antigo parado na Plaza de la Revolución quando de repente meu amigo começa a olhar para algo atrás de mim. Estranhando, virei para olhar também e de repente vi um monte de homens fardados sacando os celulares para tirar foto e ainda fazendo sinal para meu amigo sair de perto do carro para não estragar a foto: Advinha de quem?? Euzinha! Sentindo-me a *D*I*V*A* logo posei para meus fãs (Coff! Coff!). Só faltou dar autógrafos… Naqueles dias em que estiver com o sentimento de “sou feia e ninguém gosta de mim”, vou-me embora para Pasárgada? Nãooooo, para Cuba!

Isso que tinha mais fãs antes, aí já tava diminuindo porque eles estavam indo participar de alguma solenidade ali na Plaza. Mas tem que mostrar a prova né, gente, porque provavelmente esse aí vai ser meu ponto alto na vida! (Risos)

Mais tarde caminhando pelo entruncado Centro Histórico, achei tão pitoresca uma dessas velhinhas que recebem dinheiro para tirar foto fumando charuto, que resolvi pagar.

Mas como elas estavam em três, fiquei com dó das outras duas e topei pagar 3 CUCs para que dividissem entre si. Supostamente você “ajuda com quanto quiser”, mas dê 10 centavos para você ver o que te acontece!

Quando fui pagar é que percebi que só tinha trocado 2,90 CUCs. Pedi desculpas e perguntei se podia ser. Não teve jeito, tive que trocar 50 CUCs num restaurante na frente por causa de 10 centavos. Juro. E o cara só tinha moeda, mas eu falei que não tinha problema: quanto menor o valor das moedas, melhor (Argh!). Tá vendo o que dá querer ajudar?! Se eu pudesse esganar…

Mas um dos momentos fenomenais foi apreciar o pôr-do-sol ali no comecinho do Malecón (próximo ao Paseo del Prado). Já era fim do dia e estávamos conversando com um casal de alemães – eu já com os pés doendos e louca para tomar banho depois do calor danado que fez durante o dia – quando o carinha sugere avançarmos um pouco porque o sol já estava se pondo. Just-in-time… para apreciar um pôr-do-sol que foi simplesmente perfeito.

Passei 3 dias inteiros na cidade de Havana, que é linda. E tentei escolher algumas fotos para vocês poderem sentir um pouquinho das cores e texturas de Cuba, a minha Pasárgada.

Textos e fotos: Carla Olinger

Convidada:

Carla Olinger, 28 – Curitiba – PR

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Salar de Uyuni