Quem olha as águas azuis e cristalinas de Fernando de Noronha não imagina o que toda aquela beleza já presenciou. A ilha, que foi descoberta em 1503 pelo espanhol Américo Vespúcio, carrega o nome de Fernando de Noronha em razão do português, Fernão de Lorona, ter financiado a expedição que originou sua descoberta — imaginem só a beleza que deveria ser naquela época, ainda mais aguçada.
Depois de encontrá-la, vários países passaram a cobiçar o arquipélago. Os holandeses foram primeiros a tomarem conta da ilha de Fernando de Noronha — em 1629 — e permaneceram até 1654. Muitos conflitos foram travados nesse período, com afundamento de embarcações e mortes.
Os holandeses foram expulsos do arquipélago e a ilha ficou abandonada até o ano de 1736, período em que os franceses invadiram e permaneceram no local por apenas um ano, sendo expulsos em 1737 pelas Capitania de Pernambuco.
A verdade é que, Fernando de Noronha, foi por 201 anos um presídio infernal, de disputas acirradas e mortais. O motivo de tanta luta não foi devido à beleza da ilha, e sim por sua posição estratégica.
Nos últimos 100 anos
No último século, entre os anos de 1938 e 1945, a ilha tornou-se um presídio político e, em razão disso, desmataram o arquipélago inteiro para que os presos não construíssem jangadas. Ou seja, todas as árvores de Fernando de Noronha são secundárias.
Outra alteração ambiental que Fernando de Noronha sofreu foi a inserção do lagarto Teju, conhecido também como Mabuya, a sua importação para a ilha foi para eliminar as ratazanas que vinham nos navios. Atualmente, todos que vão a Fernando de Noronha se deparam inúmeras vezes com esses lagartos, que se tornaram um ícone da ilha.
Em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil concordou em ceder aos EUA um espaço para que eles montassem uma estação de rastreamento aéreo de teleguiados. Fato curioso.
Atualmente, Fernando de Noronha é conduzido e pertence pelo Estado de Pernambuco. É de longe a ilha mais bonita e desejada do Brasil.
Saiba mais sobre Fernando de Noronha no post-índice.
Veja também: As hospedagens da ilha de Noronha.
Cara, muito bacana o post sobre Noronha, realmente deve ser uma das melhores viagens do Brasil! Pretendo ir em breve ! Valeu 😉
Olá Gabriela. Que bom que gostou! Planeje sua viagem e vá mesmo. Vale muito a pena! Obrigado pela visita, um abração.
[…] O passado nem tão azul […]
O Teju e o mabuia são espécies diferentes. O segundo é endêmico (só existe lá) e o primeiro introduzido
Obrigado pela observação, Bruno! Será corrigido. Um abraço!
Boa tarde, quero ir para Fernando com meu noivo de lua-de-mel, mas com companhias de viagem é muitissimo caro para o nosso orçamento no momento. Como essa viagem se tornaria possível?
Tays, leia o conteúdo inteiro, talvez te ajude: http://www.seumochilao.com.br/categoria/brasil/pernambuco/fernando-de-noronha/
Caramba! Não tinha noção de tudo isso. Impressionada com a história de simplesmente todas as árvores serem secundárias por terem sido cortadas para que os prisioneiros não fizessem jangadas para fugir.
O mais impressionante é toda a vida que pulsa na ilha: árvores, animais e todo o resto! Ela, literalmente, renasceu.
Contando os dias para conhecê-la pessoalmente.