É muito incrível se apaixonar por novos lugares, se jogar numa aventura, conhecer novas pessoas e descobrir culturas distintas. Talvez sejam estes os pontos mais legais de uma viagem. Porém, até o momento (e sem clichê algum), a viagem mais importante que fiz até hoje foi para o meu interior. Este é o grande motivo do meu sumiço deste perfil e do blog.
Comprar passagens é fácil. Entrar num avião ou num busão também são coisas simples de se fazer. Assim como chega a ser ingênuo, ainda que muito divertido, caminhar por entre montanhas com o objetivo de entrar em um lado e sair pelo outro.
Descobrir mais sobre o mundo que habita nossa mente não é tão divertido quanto ir a um destino dos sonhos, além disso, essa viagem interna pode terminar ainda com mais perguntas do que iniciamos, porém mais calçados de nós mesmos e próximos de muitas respostas.
Visitar lugares novos é o que nos move em muitas viagens, mas em algum momento da vida (dessa ou das futuras) teremos que parar para revisitar alguns momentos de nossa existência para poder limpar situações de experiências já vividas – as quais estão adormecidas. A verdade é que, dentro de nós mesmos, há lugares que muitas vezes nem temos consciência da existência. Em vez de mochilas, carregamos conosco heranças e traumas de nossas gerações anteriores – crenças limitantes, hábitos nocivos, valores duvidosos, entre outros fatos que moldaram o nosso ser por décadas, mas que não necessariamente fazem parte de nossa essência.
Não sei nada dos mistérios da vida, mas sei que é preciso viajar pra dentro para poder aproveitar com tranquilidade, leveza e autenticidade todos os momentos da nossa jornada, incluindo viagens externas.
Com certeza viajar para dentro é a mais transformadora e desafiadora viagem da vida! Mergulhar nas próprias sombras é tarefa para os obstinados. Felizes os que mergulham por escolha e não pela dor. Amei os textos sobre o Caminho de Santiago. Ele me chama.
Opa! Se o Caminho te chama, só vai! Será uma grande experiência.