Crônica

É tempo de fazer coisas reais

Discute-se sobre a mudança no mundo após o fim da pandemia que assola o planeta inteiro. Embora eu acredite mesmo nessa transformação, ainda que não faça ideia do impacto disso tudo, digo seguramente que já não sou mais o mesmo desde que o primeiro caso do Covid-19 apareceu em nosso país.

Nunca tive problema em ficar em casa. Pelo contrário, é algo que gosto bastante. Além disso, por eu trabalhar por conta própria há mais de 10 anos, aprendi a lidar com a solidão sem que ela me fizesse mal.

Home office faz parte da minha rotina durante praticamente o mesmo período citado acima. Ou seja, o confinamento não mudou a minha rotina. Mas tenho sentido falta de muitas coisas: ir ao cinema, sair para tomar algo com os amigos, ir a palestras e coisas do tipo. Entretanto, sou a favor do isolamento. Acredito que só através dele que vamos colocar fim ao inimigo invisível que paralisou o mundo. Entendo também que seja um processo que a humanidade – entenda-se nós – precisa passar para crescer em consciência, compaixão e amor ao próximo. Também compreendo quem defende que o mundo deve ser aberto antes da hora. A verdade tem muitas faces e depende do ponto de vista de cada um. A minha leitura é que todos devem se ajudar e ceder para que o mundo se cure de suas chagas. E tenho tentado fazer a minha parte.

Sempre ouvi dizer que aprendemos de duas maneiras. A primeira é pelo amor; a segunda, pela dor. Creio fielmente que só nos restou a segunda opção para que pudéssemos fazer a nossa lição de casa. E esse momento tem me ensinado bastante.

Semanas antes do caos aumentar e da nossa liberdade diminuir, comecei um projeto de arborização urbana. Antes, essa ideia já fazia todo sentido; agora faz mais. Durante o confinamento tenho dedicado muitas horas da semana para dar vida a cada semente plantada. A minha intenção é plantar em áreas urbanas que carecem de árvores – a ausência delas sempre me incomodou muito, principalmente durante o bafo do verão. Já estou com mais de 260 mudas divididas em Ipê Branco, Jacarandá Mimoso e Canafístula, espécies recomendadas para plantio em cidades e calçadas. Ainda não sei onde elas serão plantadas, mas confio que o local vai aparecer na hora certa e quando puder sair de casa em segurança.

É tempo de fazer coisas reais

Além do cuidado com as árvores, tenho participado de outras iniciativas que estão sendo lideradas por outras pessoas, mas me sinto completamente útil em poder ajudar. Sinto também que estou doando meu tempo para o mundo e não somente para o meu umbigo. E isso tem feito toda a diferença.

Escrevo estas linhas para encorajar você que está lendo este post. Sabe aquela sua ideia altruísta que está dentro da gaveta? Então, parou pra pensar que agora talvez seja o momento de tomar a iniciativa e fazer? A hora é agora!

A famosa frase de Mahatma Gandhi “Seja a mudança que você que ver no mundo” soa de maneira muito verdadeira pra mim. Agora, de fato, quero ser um agente de mudança para um mundo melhor.

A vida é maravilhosa!

Rafael Kosoniscs

Sou jornalista e publicitário, tenho 36 anos e viajo de mochila nas costas há 12 invernos. Tenho a mochilagem e o montanhismo como paixões. Vou publicar meu primeiro livro este ano – e você já está convidado(a) para o lançamento. Fique de olhos nas redes para não perder, ok? Siga: @seumochilao | @rafaelkosoniscs

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