Santa Catarina

Florianópolis: tudo o que você precisa saber antes de ir

Para estrear os posts sobre Santa Catarina, nada mais justo do que falar sobre a capital deste estado, Florianópolis. Fazendo jus ao nome pela qual é conhecida, a “Ilha da Magia” conta com pontos turísticos de tirar o fôlego, passíveis de muito mais que um mero review. Mas, tentando se limitar à proposta do blog e, visando facilitar sua próxima viagem a Floripa, preparamos um compilado de informações sobre a cidade. Diga adeus aos cliques infinitos nos mais diversos sites. Confira o resumo que preparamos:

 

Para turistar

Vá para Floripa focado em não dormir, ainda mais se a viagem não for muito longa. O encanto da cidade fará com que queira aproveitar cada segundo de estadia. Impossível não elencar os seguintes passeios:

 

Trilha da Lagoinha do Leste

O destino dessa trilha é a praia mais linda de Floripa, localizada ao sul da ilha, acessível apenas por trilha ou barco. Para chegar lá, há duas opções: entrada pelo Pântano do Sul e pela Praia do Matadeiro.

Fui com uma amiga e juntas optamos ir pela entrado do Pântano do Sul, já que estávamos sozinhas e fomos alertadas que a outra opção era mais complicada, sendo a extensão de 4.300 metros, com cerca de 3h de duração.

A subida não é fácil. A extensão é de 2.400 metros, com cerca de 1h de duração e o grau de dificuldade é considerado como “médio”. Entretanto, chegando lá, a conclusão é imediata: vale cada gota de suor.

Dayane Souza

 

Dica: leve comida e água. Lá não há exploração comercial alguma. Além disso, tente não voltar depois que o sol se pôr. Em minha experiência, voltei por volta da 18h e fiquei com muito medo, porque em vários momentos a mata é fechada, então não há iluminação o suficiente para caminhar com segurança. A parte boa é que o medo fez com que eu andasse tão rápido que terminei bem rápido a volta.

 

 

Fortaleza de São José da Ponta Grossa

A fortaleza está localizada no norte da Ilha de Santa Catarina, Florianópolis, aproximadamente a 25 quilômetros do centro da cidade. Para chegar lá, partindo do bairro Trindade, tive que pegar um ônibus até o TICEN e de lá, pegar outro para o norte da ilha, que para próximo do local. Infelizmente, não conseguimos adentrar a construção, por conta do horário de visita, que se esgota às 17h em baixa temporada. A recomendação é motivada pelo local em si. Que vista! Que pôr do sol! Localizada na Praia do Forte, a fortaleza perde seu posto de atração principal para dar lugar à natureza exuberante que a circunda.

 

Trilha da Barra da Lagoa até a Praia Mole

Você quer trilha de nível leve e belíssimas paisagens? Se você quer, você vai ter, se for até a praia da Barra da Lagoa, localizada ao Leste da ilha, e que é ponto inicial para duas trilhas: trilha das Piscinas Naturais e Trilha da Boa Vista.

A primeira possui apenas 600 metros de extensão, podendo ser feita facilmente em 15 minutos, levado às tais piscinas naturais que, em verdade, pouco parecem piscinas naturais, haja vista o mar bravo que Floripa possui.

 

Trilha da Boa Vista

Já a trilha da Boa vista é mais extensa, com 2.600 metros. Não me lembro em quanto tempo a realizamos, mas acredito que em torno de uma hora. Dá para fazer tranquilamente, porque o caminho é bem marcado. A subida é íngreme, mas, a cada parada para tomar fôlego, a paisagem é de tirar o fôlego – agora no sentido figurado da palavra:

O grand finale, o Mirante da Pedra da Boa Vista, proporciona, além de felicidade, a vista Lagoa da Conceição à direita e, na esquerda, a vista da praia da Galheta e a praia Mole, além das dunas da Joaquina e os morros do Matadeiro e da Armação:

Com a continuação da trilha (demora para acabar, ne?) é possível chegar na Praia da Galheta (de nudismo) e, por fim, à Praia Mole, ambas com visual deslumbrante.

 

Ilha do Campeche

Apesar da ideia principal deste tópico ser apontar lugares que valem a pena visitar, me sinto na obrigação moral de elencar esta ilha neste post, mas pelo motivo oposto. Minha experiência me fez concluir que não é um passeio imperdível, como mostram alguns sites e fotos pelos Instagrams alheios.

A decepção começa no valor: para visitá-la em baixa temporada, é preciso pagar, no mínimo, R$ 80,00. Minha lombriga em conhecer o local não me fez pensar duas vezes, então resolvi pagar o preço. Saindo de Trindade, onde estava hospedada, foi necessário pegar ônibus até o TICEN e depois outro, rumo ao sul da ilha. Chegando lá, o passeio que estava previsto para sair às 9h30, só se iniciou por volta das 11h. Para fazer a travessia entre a Praia do Campeche e a Ilha, um bote sem muita segurança, que tem que ultrapassar as fortes ondas, típicas do mar de SC. Na minha vez de fazer a travessia, o mar estava bravo, então logo pensei no arrependimento de ter desembolsado R$80,00 para morrer.


O excesso de expectativas acerca do local fez com que eu me decepcionasse com a vista. Pagando menos, já vi lugares muito mais bonitos. Sendo uma ilha pouco explorada (aliás, leve comida ou passe fome, pois não há comércio algum), pouco impacto produz no que diz respeito às belezas naturais.

Dica bônus: quer ter uma visão geral da cidade em pouco tempo? A Floripa by Bus oferece passeios por toda a ilha, por cerca de R$ 100,00, sendo possível adquirir o ingresso no conforto de sua casa. O passeio é agradável e o ônibus faz paradas em pontos principais, como em Jurerê Internacional, Mirante Ponto de Vista e Freguesia de Santo Antônio de Lisboa.

 

Para noitar

Em minhas experiências na Ilha, todos meus dias foram bem cansativos, então aproveitei bem pouco a noite.  De todo modo, tive noção das inúmeras opções que a ilha possui, principalmente localizadas na região da lagoa (parte Leste).  Confira três lugares que sem dúvidas, merecem sua presença:

 

1- Friend’s Coffee

Comeu muito durante o dia e quer pegar leve na última refeição? O Friends oferece a opção de lanches e bebidas leves, gostosos e por um valor acessível, e você leva de bônus um ambiente decorado com inspiração da série Friends, plus galera jovem, bonita e descolada, que se diverte ao som do Karaokê. Não te convenci? Ok, resista a este fato: vende uma coxinha gigante, com casquinha crocante e com muito catupiry.

A fórmula está completa: série + comida + música = um sonho.


Ah, eu não comentei da localização que, para combinar com o local, é perfeita, próximas à vários outros bares e paradas de ônibus, no bairro Trindade.
Vale lembrar que, como o nome induz, trata-se de um café. Se estiver com larica, evite o local, que não oferece muitas opções de comida.

 

2- John Bull

Aaaah, este bar balada! Localizado na região da Lagoa, não deixa a desejar em nada: o balde de Heinecken você compra por R$30,00 e curte a noite ao som de clássicos do rock e, se tiver sorte, pode presenciar um show. Fui nas duas vezes que estive em Floripa e iria em outras tantas. O ambiente é legal, bem decorado, bem frequentado e bem localizado!

Dica: chegar cedo. Depois de certo horário a fila é quilométrica.

Dica 2: fique de olho na programação e reserva. Os preços variam de acordo com o dia, então, para evitar sustos, é melhor ligar antes para checar, já que no site não disponibilizam os valores.

 

3- 1007

Essa balada é “apenas conhecida” em São Paulo por sua unidade na Augusta, mas, em Floripa, é sem dúvidas, a mais badalada. Ao som de pop, funk, eletrônico e rock, a balada fornece três ambientes de energia boa. A bebida é INCRIVELMENTE barata se compararmos com QUALQUER lugar razoável em SP. É o local certo para se acabar, seja dançando, seja de álcool.

Por ser muito famosa, lota muito. Referência para a galera de SP: sabe o Outback do Shopping Eldorado em dia das mães? Então. É pior. Por isso, chegar cedo é essencial. De outro modo, terá que encarar uma fila no meio da rua, de madrugada, provavelmente enfrentando o ventinho gelado típico da cidade.

Dica geral: para quem está acostumado com São Paulo, a cidade non stop, talvez haja o estranhamento quanto ao horário de fechamento dos lugares. Tudo fecha muito cedo, inclusive as baladas. Bateu umas 4 da manhã e a gal já estava quase que sendo expulsa dessas duas baladas que frequentei. Então não adianta nada querer chegar tarde na balada. Ao terminar um esquenta, a balada já vai estar fechando!

 

Para se hospedagem em Florianópolis

A cidade é composta pela ilha principal, a parte continental e algumas pequenas ilhas circundantes. O ideal é se hospedar na ilha, para evitar o trânsito o intenso na ponte que a liga ao continente.

Para simplificar, a ilha pode ser considerada (e assim é conhecida) em quatro grandes polos: centro, sul, leste e norte.

Em síntese, o Sul é menos explorado, com mais opções de belezas naturais pouco exploradas. O Leste abriga a maior parte das opções noturnas, enquanto que no centro há a diversidade de opções de hospedagem, lazer, restaurantes e transporte público. Ao Norte, é possível encontrar tudo que tem no centro, inclusive numa versão mais sofisticada, entretanto, o transporte público lá é mais escasso, o que dificulta a exploração da ilha para quem não está de carro.

Florianópolis | imagem: shutterstock.com

Aliás, para quem vai depender de transporte público, sem dúvidas, a melhor opção é se hospedar no centro de Floripa, onde se localiza o chamado “TICEN” – Terminal Central de ônibus, que ajuda muito no deslocamento. Lá o transporte público funciona extremamente bem e tem valor integração por toda extensão do território, então ficar perto do TICEN é, sem dúvidas, uma vantagem. Você pode saber mais como se locomover em Floripa clicando aqui.

Talvez apenas no caso de viagem em alta temporada faça sentido se hospedar em outros locais, que não o centro. Isto porque, nesta época, o trânsito é intenso na ilha, então se hospedar próximos às praias que deseja frequentar, é uma opção a se considerar.

Florianópolis | imagem: shutterstock.com

Atenção: Quem chega de avião, precisa saber que o aeroporto se localiza ao sul da ilha, então, se estiver hospedado no Leste, Norte ou Centro, gastará um tempo significante com o deslocamento até o destino, já que a distância entre esses polos é grande. Sem contar o valor do transporte, que só será barato se for ônibus. Quanto a quem chega de ônibus à Floripa, na Rodoviária Santa Maria, já estará no centro da cidade.

 

Dica: para quem ficar na região central da ilha, há duas excelentes opções de bairros: I) o bairro Trindade, de aspecto jovial e vida cultural e noturna bastante agitada, com diversos bares espalhados ao longo da Rua Lauro Linhares; e II) o centro, de fato, próximo ao Shopping Beira Mar, que fica próximo ao TICEN e à Rodoviária.

 

Para arrasar

APENAS VÁ! Não há a menor hipótese de alguém chegar em Florianópolis e se decepcionar. Há passeios para todos os gostos, idades e bolsos.

Tive o privilégio de estar lá duas vezes esses anos e, na mala de volta, eu trouxe, além das roupas sujas, a vontade imensa de espalhar toda minha paixão por esta cidade às demais pessoas. Feitas essas considerações, só me resta agradecer ao Rafa, por me proporcionar a oportunidade de compartilhar essas dicas, e desejar a vocês uma excelente viagem.

Dayane Caroline de Souza

Advogada, apaixonada por natureza e sempre à procura de novas experiências. Está planejando a próxima aventura enquanto digita essa biografia.

2 Comentários

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  • Amei as dicas, Dayane!
    Acredito que vão me ajudar muito, só senti falta de você mencionar o clima na temporada que você foi.
    Estou me organizando para ir á Floripa pela primeira vez, e pelo visto vou gostar bastante.
    Um grande beijo!

  • ola, meu nome e romario e estou indo nos dias do carnaval sozinho em florianópolis mais não sei onde se hospedar, aguem tem algumas dicas de locais que fique próximo de tudo principalmente os points gsl?

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